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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

REGIONAL RECIFE,


IR. FÁTIMA CUNHA FALA DA MISÃO DA VRC


Missão de fronteira desafia a Vida Religiosa

Os participantes do Seminário sobre a Vida Consagrada que acontece entre os dias 23 e 27 de fevereiro, em Itaici, SP, representam uma variedade de dons e carismas. Os Institutos de Vida Apostólica e congregações reúnem, no Brasil, cerca de 50 mil religiosos e religiosas que atuam em centenas de frentes missionárias.

Algumas situações chamam a atenção pelo grau de comprometimento. São missões consideradas de fronteiras como, por exemplo, a Rede “Um Grito pela Vida” que há seis anos enfrenta o trabalho escravo, o tráfico de órgãos e de seres humanos, numa ação articulada entre mais de 50 congregações. Organizada em 12 núcleos regionais, integra a Rede Talita Kum, organismo Internacional da Vida Consagrada no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Irmã Maria de Fátima Cunha, das Irmãs Salesiana de Recife, PE, e membro da coordenação Nacional da Rede recorda que, a iniciativa surgiu como um grão de mostrada, mas logo ganhou força.

“Hoje contamos com todas as Regionais da CRB que desenvolvem uma série de iniciativas. É um trabalho preventivo junto aos jovens, sobretudo as mulheres no norte e nordeste onde o problema é maior. Muitas recebem propostas de trabalho no exterior e caem na armadilha. Assumimos essa Rede como uma Missão profética na Vida Consagrada”, sublinhou.

A Rede influenciou as escolhas de algumas congregações. As Irmãs da Imaculada, por exemplo, comunidade da Irmã Eurides Oliveira, coordenadora da Rede, assumiu essa realidade como prioridade do capítulo e é uma das congregações mais ativas.

“Nós somos questionadas por que nos inserimos nos núcleos de enfrentamento nos estados que é um trabalho dos governos. O nosso trabalho é mais preventivo, mas enfrentamos resistências. Tivemos alguns casos de perseguição por exemplo, Irmã Guadalupe, religiosa mexicana que vive em São Paulo e teve a casa invadida, e por duas vezes recebeu ameaças”, explica irmã Maria de Fátima.
A religiosa não esconde a sua preocupação com a Copa do Mundo de Futebol em 2014, pois sabe que é nesses grandes eventos que o problema do tráfico de mulheres aumenta. Para ela, “o tráfico de pessoas é uma violação dos Direitos Humanos e uma afronta à dignidade”.

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